Não somos uma marca com propósito.
Somos um propósito que criou uma marca.
A Naveia utiliza o leite de aveia como uma ferramenta de ativismo. Ouvimos os pedidos da comunidade científica para nos afastar de produtos de origem animal e adotar um sistema alimentar baseado em plantas pelo bem do planeta e de todos que vivem nele.
Assim, criada por um time de amigos revolucionários pra tentar mudar o mundo, a Naveia abraça a missão de substituir o leite por deleite, um produto de cada vez.
E antes que a dúvida surja, nós vamos explicar...
Que história é essa?
Antes de começar, vamos esclarecer algumas coisinhas. Talvez, você esteja acostumado a ver relatórios de sustentabilidade por aí que falam sobre a pegada de carbono de empresas em determinado ano, o que elas tão fazendo pra melhorar esse número e promessas de iniciativas mais sustentáveis.
Aqui, a gente não curte muito a ideia de sustentar o modelo atual de produção e consumo, e “sustentabilidade” sugere manutenção, então procuramos falar em “regeneração” , que sugere transformação.
E como qualquer atividade tem um impacto atrelado, na Naveia isso não é diferente, mas buscamos transformar impacto negativo em impacto positivo, através do nosso ativismo.
Qual é o problema do leite?
Uso ineficiente de recursos naturais, exploração cruel de animais, contaminação do solo e da água, emissão de gases do efeito estufa, desmatamento de florestas pra criação de pastos e plantações de monocultura, compactação e degradação do solo, reprodução seletiva com consequências desastrosas para os animais, uso de antibióticos que criam bactérias resistentes, doenças crônicas em pessoas, manutenção do pequeno fazendeiro na miséria... A lista não para por aqui, mas ao invés de só listar problemas, vamos explicar os principais fatores que fazem da produção de leite animal um verdadeiro inimigo do planeta e de todas as espécies que compartilham ele, inclusive a nossa.
Uso de terra
Cerca de 83% das terras agrícolas no mundo são usadas pra agropecuária e produzem apenas 18% das calorias que as pessoas consomem. É uma relação disfuncional entre recurso natural e produto final que a indústria de laticínios tem uma grande participação, e nem é complicado entender como.
Pra produzir leite, florestas (que sequestram CO2 da atmosfera e estocam carbono) são derrubadas pra abrir espaço onde serão criados pastos e plantações de monocultura que servirão de alimento às vacas.
Assim, o consumo de apenas um copo (200mL) de leite por dia ao longo de um único ano representa o uso de 652m² de terra, mas se o leite for trocado por leite de aveia, esse número diminui pra 36m². Sendo que a aveia tem a capacidade de regenerar o solo, deixando um rastro positivo.
Uso de água
De toda água que existe no planeta, 97% é salgada, 2% tá congelada e apenas 1% é água doce em estado líquido. Com números assim, é fácil perceber como esse recurso é valioso e escasso, mas mesmo assim a produção de leite não só usa água de forma intensiva e ineficiente (tanto nas lavouras quanto para os animais sobreviverem), mas contamina rios, lagos e mares.
Os excrementos das vacas leiteiras não entram no sistema de saneamento que muitos de nós estamos acostumados em nossas casas e cidades. O volume é tão grande que quando não penetra no solo e contamina até lençóis freáticos é carregado pela ação da chuva e entra na rede fluvial, que sempre termina no mar. Essa matéria orgânica favorece a proliferação de microorganismos que consomem todo oxigênio dissolvido na água, inviabilizando a maioria das espécies e criando zonas mortas num processo chamado de eutrofização.
Pra se ter noção de quanta água é utilizada no processo de produção de leite, alguém que toma um copo por dia durante um ano está usando 45.733L de água (equivalente a 703 banhos de 8 minutos) nesse consumo, enquanto alguém que toma a mesma quantidade, mas de leite de aveia, consome cerca de 3.512L de água (equivalente a 54 banhos de 8 minutos).
Emissões dos gases de efeito estufa
O fator que mais impacta a atual crise climática é o aumento da temperatura média global, e isso é consequência da intensificação do efeito estufa. Basicamente, o planeta tá esquentando tanto porque nossa atmosfera tá lotada de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), e todos esses gases são resíduos da criação de animais pra produtos derivados deles, como o leite.
DO CO2 é o mais famoso desses gases e passou a ser uma unidade de medida das emissões dos gases de efeito estufa com a nomenclatura CO2e. É verdade que a queima de combustíveis fósseis contribui muito na emissão desse gás, mas as queimadas e os desmatamentos estão entre as principais fontes emissores de CO2 também. E apesar de ser o mais presente desses gases na atmosfera, tá longe de ser o mais potente na capacidade de aquecer o planeta.
O metano produzido no sistema digestivo de animais ruminantes, como a vaca, é mais de 20 vezes mais potente que o CO2, e corresponde a 16% das emissões globais. Já uma única molécula de óxido nitroso oriundo do uso de fertilizantes nas lavouras equivale a 300 moléculas de CO2, e ainda fica por mais de 100 anos na atmosfera.
Basicamente, a emissão dos gases de efeito estufa do consumo de leite é 3,5 vezes maior se comparada à do consumo de leite de aveia. Beber um copo de leite de vaca por dia emite 229kg CO2e por ano, mas beber a mesma quantidade de leite de aveia emite só 65kg CO2e no mesmo período.
CO2e? O que é isso?
Quando o assunto é emissão dos gases de efeito estufa, um monte de letra e número aparece e tudo começa a ficar mais confuso. A Naveia acredita que esse assunto precisa ser entendido por todos porque afeta todo mundo e o mundo todo, então vamos explicar de uma forma bem simples...
Mas alguns gases que tão na atmosfera em grandes quantidades prendem o calor aqui, e daí vem o nome “efeito estufa”;
Ela deixa passar pra Terra parte do calor do Sol, que tanto precisamos pra viver e uma parte dele deve ser refletida de volta pro espaço;
Mas alguns gases que tão na atmosfera em grandes quantidades prendem o calor aqui, e daí vem o nome “efeito estufa”;
Esses gases se concentram devido a queima de combustíveis fósseis, desmatamento de florestas, criação de animais em larga escala, uso de fertilizantes químicos...
O tempo de vida e a eficácia em prender
o calor varia entre esses gases. Alguns são muito potentes, durando pouco, e outros são menos potentes,
permanecendo ativos por anos.
Pra medir o impacto das atividades que emitem esses gases criou-se o CO2e, uma unidade de medida que representa quanto essas emissões equivalem em CO2.
Exploração animal
O leite tá tão enraizado no dia a dia das pessoas que é fácil não pensar que trata- se de uma secreção produzida por mamíferos durante o processo gestacional pra nutrir recém nascidos. Pro leite de vaca existir é preciso que a vaca engravide, e a indústria faz isso de forma artificial e à força, repetidamente, gestação após gestação.
Quando o bezerro nasce, ele é separado da mãe pra que não beba todo o leite que será retirado dela ao longo de meses e vendido às pessoas. Se o bezerro for macho, servirá à indústria da carne, mas, se for fêmea, servirá à indústria do leite e, quando sua produção cair, também vai terminar servindo à indústria da carne.
Pois é, a indústria do leite também é a indústria da carne, e, apesar da expectativa de vida desses animais ser de aproximadamente 20 anos, sob condições comerciais modernas eles percorrem esse ciclo de exploração contínua em apenas 5 anos(no caso de vacas leiteiras) ou míseros 18 meses(no caso do boi de corte).
Ao longo de muitos anos, produtores de leite foram guiando o desenvolvimento das vacas através de reprodução seletiva (também conhecida como “seleção genética”) pra que tivessem características mais desejadas pela indústria, como uma produção de leite muito acima do normal, por exemplo. Dessa forma, o úbere das vacas (onde ficam as glândulas mamárias) fica com tamanho e peso que não condizem com o resto do corpo delas, e essa deformação causa inflamações, problemas de locomoção, dor e muito desconforto.
Quando escolhemos trabalhar sem ingredientes de origem animal, eliminamos por completo essa exploração e todo esse sofrimento desnecessários da nossa cadeia produtiva, e utilizamos ciência e tecnologia pra fazer o bem, desenvolvendo produtos à base de plantas que possam substituí-los.
Degradação humana
O Brasil é o terceiro maior produtor de leite do mundo com mais de 34 bilhões de litros produzidos por ano.
A quantidade é tão grande que fica difícil assimilar, então pense que dá pra encher mais de 37 piscinas
olímpicas com o leite que é feito no país em apenas um dia, e a maior parte disso vem dos produtores de
pequenas e médias propriedades. Normalmente, esse tipo de negócio é familiar e passado de geração em geração,
e isso, que pode parecer uma linda história de tradição acaba sendo uma triste história de como tantas pessoas
são mantidas na pobreza e num círculo vicioso que tá fadado ao colapso.
Sabemos que pra produzir leite é preciso vacas, e pra manter vacas é preciso terra e água. Mas quanto mais usamos terra e água pra criação animal, mais degradamos esses recursos vitais pra todos nós, e menos temos deles disponíveis no planeta. Além das vacas exploradas nesse esquema, o pequeno produtor de leite também sofre, pois, com o tempo, sua terra perde a capacidade produtiva e desvaloriza, enquanto o preço de venda do leite produzido é controlado pelos laticínios que o compram, transformando em reféns pessoas que dedicaram suas vidas a um ofício que destrói suas propriedades e não gera lucro suficiente pra tirá- las dessa situação.
Ao produzir laticínios vegetais como um meio de praticar ativismo, competimos diretamente com laticínios de origem animal, criando produtos que não contribuem pra manutenção dessa pobreza. E se você acha que isso pode acabar com o pouco sustento que o pequeno produtor de leite ainda tem, olha esse projeto que criamos.
Floresta Naveia
Quando a Naveia ainda era só uma ideia, o compromisso de usar a marca para regenerar
o meio ambiente já existia, e ligado a esse compromisso estava a missão de ser uma empresa carbono negativo.
Isso significa que entendemos que precisamos desempenhar um papel positivo com a nossa existência, e não ser
apenas mais uma empresa no mercado com um novo produto nas gôndolas. Antes mesmo de completar um ano de
existência, a Naveia comprou 220 hectares de terra degradada no sul de Minas Gerais (berço da cultura de
laticínios brasileira) que era usada como pasto de vacas leiteiras com o objetivo de ressignificar o uso de
terra na região. Tiramos as vacas e colocamos muvucas, também conhecidas como bombas de semente, onde hoje
cresce a Floresta Naveia, que, além de proporcionar o retorno da biodiversidade, a criação de empregos
e segurança alimentar, contribui pra compensação das emissões das operações da Naveia, sequestrando CO2 da
atmosfera e estocando carbono nesse processo.
Ainda vamos trabalhar com especialistas pra calcular quanto de CO2 a Floresta Naveia consegue absorver ao
longo dos anos,
mas a projeção (ainda superficial) da taxa de absorção é de 14,6tCO2 por hectare por ano. Assim, de certa
forma, criamos os créditos de carbono que servem pra negativar o saldo de CO2e de toda nossa atividade. Dessa
forma, podemos garantir que esses créditos estão, de fato, retirando CO2, já que esse deveria ser o propósito
dos créditos de carbono vendidos no mercado. Pois é, nem todo crédito vendido cumpre a função de sequestrar
dióxido de carbono da atmosfera pra compensar uma determinada atividade.
A maioria desses créditos são gerados por projetos que dizem proteger uma área de floresta em pé e, apesar de
entendermos
a importância de frear o desmatamento, essas florestas já sequestraram CO2, então não é justo querer compensar
novas emissões com florestas já existentes. Além de precisarmos de novas florestas pra compensar novas
emissões, devemos nos desvencilhar do conceito de “compensar emissões” e focar em reduzi-las porque mesmo que
todas as novas emissões fossem compensadas por projetos de reflorestamento, não existe terra disponível no
planeta pra tanta floresta nova que precisaria ser plantada pra isso.
A Floresta Naveia fica dentro dessa propriedade que, carinhosamente, chamamos de Evolândia, e funciona como um
laboratório de ideias revolucionárias.Já instalamos um viveiro que produz 50.000 mudas que auxiliam o processo
de regeneração dessa terra
e separamos 10 hectares pro desenvolvimento de um projeto piloto baseado em agrofloresta pra geração de
emprego e segurança alimentar. Esse projeto já está em andamento em 2 hectares com um sistema agroflorestal
que produz uma diversidade de alimentos vegetais através de agricultura vegânica (vegana + orgânica, ou seja,
sem uso de adubo ou qualquer outro componente animal, além de orgânica) e mostra que pastos degradados podem
voltar à vida, basta sonhar junto da terra. Assim, envolvemos pequenos produtores de leite da região que
queiram seguir um caminho mais saudável pra todas as partes envolvidas, participando da nossa missão de acabar
com o consumo de leite sem acabar com ninguém.
A aveia como solução
A aveia que a Naveia utiliza é 100% brasileira e vem de onde a melhor aveia do país é produzida: Rio Grande do Sul. O clima gaúcho proporciona condições especiais que favorecem o plantio da aveia de forma muito eficiente, com baixa interferência de pragas e protegendo o solo durante o inverno. Além disso, por ser uma cultura perfeita pras condições climáticas da região e de manejo simplificado, a aveia torna-se uma matéria prima mais acessível do que outras também utilizadas pra fazer leite vegetal, fazendo com que o produto final seja mais barato.
O leite de aveia tem se popularizado por ter uma das pegadas ambientais mais baixas, inclusive quando comparado ao leite animal orgânico. Aliás, o leite animal mais “sustentável” do mercado causa mais impacto negativo do que o leite vegetal de maior pegada ambiental.
Pra completar, além de fazer bem à saúde, o leite de aveia pode recriar o perfil sensorial do leite de vaca e desempenhar o mesmo papel que esse tem na rotina das pessoas, sem abrir mão de memórias afetivas, rituais do dia a dia e incluindo veganos, intolerantes à lactose e pessoas com APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca) neles.
Verdade naveia
A gente não tem tempo pra inventar histórias bonitas que façam as pessoas comprarem nossos produtos. A crise climática tá se intensificando, trazendo consequências cada vez mais catastróficas e ameaçando a nossa sobrevivência, enquanto muitas pessoas adoecem e morrem por consumir produtos feitos a partir da exploração cruel de trilhões de animais, todos os anos, sem a menor necessidade de tanto sofrimento. O veganismo não é a única solução pra resolver esses problemas, mas nenhuma solução é completa sem ele.
Por isso, a Naveia é uma empresa orgulhosamente vegana criada por ativistas que abraçaram a missão de fazer esse movimento ser cada vez mais positivo, inclusivo e gostoso pra que pessoas, animais e meio ambiente possam prosperar em harmonia, sempre falando a verdade, sem blá blá blá.
O veganismo corporativo da Naveia tem duas funções básicas:
- Trabalhar incessantemente pra criar produtos que substituam laticínios de origem animal, fazendo bem pra todas as partes envolvidas. Consideramos o leite animal o nosso real concorrente, e não queremos ser uma alternativa a ele, mas seu substituto, sua evolução.
- Inspirar empresas, consumidores e funcionários a tomarem atitudes conscientes que façam bem ao meio ambiente, aos animais e às pessoas. Entendemos que a única coisa que “não dá pra viver sem” é o nosso planeta, e cuidar dele é uma questão de autopreservação.
Com a função de expandir nosso impacto positivo, a Naveia criou o Departamento de Ativismo: uma área exclusivamente dedicada à nossa revolução. Além de desenvolver projetos próprios, apoiar projetos externos e comunicar nosso ativismo de diferentes formas, esse departamento também é encarregado de promover atitudes alinhadas com os valores da marca por parte da equipe Naveia.
Assim, semanalmente, temos uma apresentação interna de receitas veganas ou dicas de hábitos responsáveis, além de um sorteio mensal entre os membros da equipe que concorrem a um jantar vegano pra duas pessoas.
Ninguém precisa ser vegano pra trabalhar na Naveia, mas, sem dúvida, abraça a causa com carinho durante a trajetória na empresa por poder contar com o Departamento de Ativismo pra tirar dúvidas sobre tudo que toca nossa missão e fornecer ferramentas pro cumprimento dela.
Essa é a Verdade Naveia, sem enrolação, do jeito que tem que ser, mas sempre irradiando positividade através de muita gentileza radical.
E ainda temos muito o que falar sobre o impacto positivo que buscamos trazer com toda nossa operação, mas, antes, vamos conhecer a pegada dela.
Pegada de carbono
Com o fim do primeiro ano completo da Naveia em 2021, tivemos, pela primeira vez, dados concretos da nossa operação ao longo de um ano inteiro. Contratamos especialistas em cálculo de pegada de carbono que utilizaram a metodologia GHG Protocol e consideraram todas as etapas entre a produção dos insumos e a chegada do produto final dos diversos pontos de venda espalhados pelo Brasil. Além disso, foi considerado o impacto de todas as viagens que a equipe Naveia fez no ano, o funcionamento das nossas instalações, e até as emissões referentes aos deslocamentos dos funcionários entre suas casas e o escritório, e, sempre que possível, foram utilizados elementos de cálculo adequados à realidade brasileira pra garantir a fidelidade do resultado. Esse time nos mostrou que nossa pegada total foi de 127,58tCO2e, e cada litro de Naveia colocada no mercado carregou uma pegada de 0,624kgCO2e.
O cálculo da pegada por litro é uma excelente forma de medir o quão eficiente fica uma produção, de ano pra ano. Ele é feito dividindo a pegada total da operação pela quantidade de litros produzidos usando números reais, não estimados, já que muita coisa não antecipada acontece ao longo do ano em produção desse tipo.
Apesar de ser esperado que uma empresa responsável atinja a tão sonhada neutralidade de carbono, isso, normalmente, é feito através da compra de créditos de carbono, não da descarbonização completa da operação. Afinal, também é esperado que as empresas cresçam com o passar do tempo, e mesmo incorporando, cada vez mais, soluções de baixo carbono, é normal ver as emissões sofrendo certos aumentos. O que não deve ser normal é o aumento da pegada de carbono por unidade produzida, e esse é um ponto de foco pra Naveia.
Queremos produzir de forma tão eficiente que as emissões associadas à cada litro produzido diminuam anualmente. Ao mesmo tempo, temos o compromisso de abraçar mais soluções de baixa emissão pra que a nossa pegada total também caia. A Naveia vai seguir calculando as emissões provenientes da nossa operação, tanto pro controle do nosso impacto quanto pra garantir a negativação dessas emissões com a regeneração que estamos fazendo na Floresta Naveia.
Logística reversa
A logística reversa de embalagens pós consumo é o gerenciamento ambientalmente adequado das embalagens de um determinado produto depois que o consumidor final as descarta. E a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) é, basicamente, uma lei que diz que as empresas são responsáveis por essa gestão em uma taxa mínima de 22%.
É isso mesmo! De todas as embalagens que uma empresa produz e disponibiliza pros consumidores, menos de 1/4 delas precisa ter a disposição final adequada pra que a empresa seja considerada quite com essa responsabilidade ambiental.
Se o mínimo não for 100% já achamos que tem algo de muito errado nisso, e fazer o mínimo não combina com a Naveia. Então, criamos nosso próprio programa de logística reversa, que visa reciclar mais embalagens do que produzimos pra que o impacto que geramos com a produção da Naveia seja positivo.
Assim, nasceu o 110% Naveia: nosso programa de logística reversa que garante a reciclagem de, no mínimo, 110% das embalagens que colocamos no mercado. Isso é possível porque utilizamos embalagens cartonadas da Tetra Pak, que são 100% recicláveis e largamente usadas por outras empresas. Como a destinação final do material das embalagens é o que conta pra logística reversa, até caixas de leite de vaca são beneficiadas com esse programa, e esse beneficiamento acontece assim:
Quando as embalagens são corretamente descartadas e chegam às cooperativas de reciclagem, elas são separadas por tipos e vendidas aos recicladores de cada tipo.
As embalagens cartonadas contêm papel, que é desassociado dos outros materiais delas e viram papel reciclado em um trabalho feito por recicladores de papel. O que sobra desse processo é o polialumínio, um composto do plástico (polietileno) e alumínio presentes nessas embalagens.
No Brasil, ainda não temos a tecnologia necessária pra desassociar o plástico do alumínio e destinar cada material individualmente pra reciclagem, mas conseguimos reciclar os dois juntos e transformá-los em telhas.
Anualmente, a Naveia compra telhas feitas com esse material em quantidades que equivalem a 110% da nossa produção do período, sabendo que cada telha contém o polialumínio de 2.000 embalagens cartonadas de 1L.
Por último, doamos essas telhas pra projetos sociais e de proteção animal que precisam pra construir casas pra pessoas em necessidade e abrigos pra animais resgatados, além de iniciativas parceiras que tenham seus valores alinhados com os nossos.
Em 2022, doamos 102 telhas, referentes à produção de 2021, e a maior beneficiada foi a ONG TETO, que construiu 6 moradias de emergência com elas na comunidade Parque das Missões, em Duque de Caxias/ RJ. Com os números da produção de 2022, sabemos que cerca de 300 telhas serão doadas em 2023, e mais projetos poderão contar com essa parceria.
Essas telhas são leves e resistentes, não propagam chamas, possuem uma taxa de impermeabilização muito superior às telhas convencionais, têm isolamento acústico, refletem até 85% dos raios solares e são econômicas. Ou seja, não trata- se apenas de uma eficiente forma de conversão de resíduos, mas também é sobre doarmos produtos de qualidade e verdadeiramente úteis.
Assim como a nossa escolha por não ficar apenas nos 22% que a lei manda, fazemos questão de não ir pelo caminho mais fácil (e barato) que seria a compra de créditos de reciclagem, pois entendemos que, assim como os créditos de carbono, nem sempre eles cumprem sua função. Muitas empresas que vendem créditos de reciclagem compram as notas fiscais que comprovam que determinado material reciclável foi vendido a um reciclador, e utilizam o argumento que esse investimento (que é repassado, em parte, a quem recolheu e vendeu o material) tá incentivando que aquele material seja coletado e reciclado.
A Naveia concorda que o incentivo pra que profissionais da reciclagem busquem materiais recicláveis e os vendam a recicladores é positivo e deve ser feito, mas a venda de créditos de reciclagem não garante que o que foi reciclado já não seria se não houvesse esse incentivo. Comprando essas notas fiscais e as utilizando como créditos de reciclagem, as empresas que vendem esses créditos acabam oferecendo um segundo pagamento pelo mesmo material, que, sem dúvida, é muito bom pro catador (na maioria das vezes, uma pessoa muito pobre e marginalizada), mas não significa que o material não seria catado, vendido e reciclado sem esse pagamento extra.
Doações
Entendemos que a mudança que queremos ver no mundo precisa ser coletiva , então fazemos questão de nos unir a projetos que compartilham dos mesmos valores da Naveia e os apoiamos de diversas formas.
Entre Outubro de 2021 (quando essas parcerias começaram a ser formalizadas) e a publicação desse documento em Junho de 2023, cinco projetos já foram beneficiados com as nossas doações, que totalizaram R$53.000 e 2.520L de Naveia: o Santuário Amor que Salva, a Sea Shepherd, o Pro Criança Cardíaca, o Santuário Animal Sente e o Santuário das Búfalas.
Como forma de trabalhar mais o princípio guia da Naveia, decidimos ainda nos tornar patrocinadores master do
Clube Laguna, o primeiro time de futebol profissional vegano do Brasil
. O projeto é uma forma de levar atitudes conscientes pros estádios e pro entretenimento, de uma forma geral.
A estreia do time aconteceu no Campeonato Potiguar da Segunda Divisão em 2022, que terminou com o Clube Laguna
como vice campeão, deixando de levar o caneco somente por saldo de gols.
O resultado comprova o que tantos profissionais nas áreas da saúde e do esporte já dizem: a alimentação à base
de plantas é uma vantagem competitiva pra atletas de alta performance.
Santuário amor que salva
O Santuário Amor que Salva é um lugar que cuida de mais de 100 animais de diferentes espécies resgatados
de maus tratos e abandono, em sua maioria, fruto das indústrias do leite, carne e ovos. Ou seja, são
muitas vacas, bois e bezerros, porcos
e porcas, ovelhas, cabras, cavalos, galinhas, cães, gatos e até coelhos que recebem alimento nutritivo,
atendimento médico, estímulos pro desenvolvimento e muito amor e carinho pra aproveitarem uma segunda
chance de vida.
Tudo isso é gerido por uma pequena família que se recusou a fechar os olhos às injustiças que encontravam
pelo caminho
e usam o veganismo como motor de suas atitudes. A Naveia se inspira muito nessa atitude, e apadrinhou dois
bezerros que foram resgatados pelo santuário: a Cecília e o Pietro. Como praticamente todo santuário de
animais resgatados, também depende de doações pra continuar seu funcionamento, e qualquer ajuda significa
muito pros animais que dependem dela. Assim como a Naveia, você também pode fazer parte dessa história
conhecendo mais sobre o santuário e apoiando através do site deles www.santuarioamorquesalva.org. E se
quiser se encantar pelas fotos e vídeos dos animais e suas cuidadoras, é só ficar de olho no Instagram
deles: @santuarioamorquesalva.
Sea shepherd
A Sea Shepherd é uma organização de conservação marinha que utiliza táticas de ação direta pra investigar,
expor e intervir onde animais e habitat marinhos estão sob ameaça. O braço brasileiro da ONG faz
constantes ações de limpeza de praias, rios
e lagoas associadas à pesquisa científica, conscientização e educação ambiental. Além disso, está no meio
de uma expedição na Amazônia pra proteger botos
e tucuxis, e a embarcação usada nessa campanha tá sempre abastecida com produtos Naveia. Você pode
conhecer mais sobre essas e tantas outras campanhas da Sea Shepherd Brasil no site www.seashepherd.org.br.
A Naveia tem a honra de carregar o selo “Empresa Amiga da Sea Shepherd” por todo nosso apoio ao ativismo dessa organização, que tem tantos valores alinhados com os nossos, como o veganismo, por exemplo. Através do Instagram da Sea Shepherd Brasil (@seashepherdbrasil) é possível acompanhar as últimas novidades e informações sobre tudo que eles fazem.
Pro criança cardíaca
O Pro Criança Cardíaca é uma instituição social sem fins lucrativos que atende pacientes cardiopatas com até 18 anos e foca em famílias carentes. Eles têm parcerias que garantem cirurgias e outros cuidados médicos da mesma forma que pacientes particulares ou de plano de saúde recebem, visando sempre o melhor pras crianças atendidas. A operação do projeto depende integralmente de doações, e a Naveia acredita que podemos cuidar do planeta cuidando das crianças, que são o futuro dele.
Assim, fazemos doações recorrentes pra que o Pro Criança Cardíaca esteja sempre bem abastecido com Deleitinhos, nosso produto infantil desenvolvido com foco nas características nutricionais, que acolhe quem entra pela porta do projeto. Além dessa recepção, as famílias atendidas saem de lá com uma cesta básica. Isso porque pessoas com alguma cardiopatia, principalmente se forem crianças de famílias carentes, precisam de cuidados constantes que englobam muitas áreas da vida, desde uma alimentação adequada até tratamento odontológico. Pra conhecer mais detalhes desse projeto que já impactou mais de 150 mil pessoas em 26 anos, é só entrar no site www.procrianca.org.br.
Santuário animal sente
O Santuário Animal Sente é um lugar onde mais de 250 animais resgatados das mais variadas condições de exploração vivem em paz. O santuário é gerido por uma pequena família que registrou a propriedade de forma a garantir que ela sempre será usada pro benefício dos animais que vivem lá, fazendo com que nenhum interesse, além do bem estar animal, consiga se instalar.
Além de doações, os cuidados com esses animais são garantidos por atividades que sustentam o santuário, como um estúdio de tatuagem, uma hospedagem dentro do santuário, serviço de alimentação vegana por encomenda, venda de obras de arte e um restaurante vegano em São Paulo (o Lovegan Bistrô). A Naveia apoia o santuário com doações mensais, tanto financeira quanto de produtos pra cozinha do Lovegan Bistrô. Você também pode conhecer e apoiar o trabalho do Santuário Animal Sente através do site www.santuarioanimalsente.com e do Instagram (@santuarioanimalsente).
Santuário das búfalas
O Santuário das Búfalas é onde moram mais de mil búfalas resgatadas de uma das piores situações de abandono e maus tratos animais na história do Brasil: o caso das búfalas de Brotas.
Em Novembro de 2021, mais de mil búfalas foram encontradas em estado de desnutrição, desidratação e doentes em uma fazenda em Brotas/ SP que as explorava pra produção de leite. Além disso, dezenas de carcaças foram encontradas pela propriedade, incluindo as de animais jovens. O dono da propriedade cometeu diversos crimes, além do abandono e maus tratos com os animais, e chegou a ser preso mais de uma vez.
Enquanto isso, voluntários de organizações de proteção animal se juntaram pra cuidar dos animais em
hospitais de campanha que foram montados na propriedade, após decisão judicial que permitiu isso. A ONG ARA
(Amor e Respeito Animal) recebeu
a tutela dos animais e da propriedade, onde estabeleceu o Santuário das Búfalas.
Hoje, esses animais não estão mais na iminência da morte e recebem muito carinho, cuidado e o direito à vida deles. Graças às doações, todos os animais em idade reprodutiva foram castrados e recebem cuidados veterinários adequados, e a Naveia participou desse projeto doando um caminhão pro transporte diário do alimento dado a eles. Isso garante um melhor aproveitamento das doações, já que a ONG passa a ser independente de transportadoras contratadas, que também podem representar um risco por não conseguirem atender à demanda de forma contínua.
Pra conhecer sobre o trabalho que o Santuário das Búfalas faz e ajudar nessa missão, acessa o perfil @bufalas_de_brotas no Instagram.
Empresa B certificada
Depois de um longo processo de avaliação, hoje, podemos carregar o selo Empresa B Certificada com muito orgulho em nossas embalagens. Esse selo garante que a empresa tem compromisso com a agenda ESG, e usa sua posição no mercado pra transformar o mundo de forma positiva.
A avaliação pra obtenção dessa certificação envolve uma série de questões a serem respondidas, documentos que comprovem as boas práticas da empresa e reuniões com analistas do Sistema B.
Quem se certifica como Empresa B começa a fazer parte de uma rede de organizações que trabalham e aprendem juntas a fazer um mundo melhor, colocando o lucro como uma consequência, não como foco.
O Sistema B nos ajuda a olhar pras diversas questões que as empresas que querem mudar o mundo devem ser responsáveis, e uma delas que buscamos trabalhar é a inclusão. Assim, depois de fazer uma análise da nossa equipe, entendemos que temos o dever de promover a inclusão de pessoas que têm menos oportunidades no mercado de trabalho. Então, decidimos que pessoas que não são brancas e/ou cisgênero têm prioridade em todas as vagas de emprego na Naveia.
E agora?
Esse relatório não tem a função de mostrar coisas legais que fazemos pra compensar o impacto da nossa existência. Ele serve pra dar alguns exemplos do porquê a Naveia foi criada.
O ativismo tá no nosso DNA , e a vontade de fazer do planeta um lugar melhor pra todos que vivem nele segue fortalecida, dia após dia. Então, pode aguardar novas versões desse relatório que mostrem o desenvolvimento dos projetos atuais e a criação de novas iniciativas voltadas ao bem dos animais, do meio ambiente e das pessoas.